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quarta-feira, 7 de setembro de 2011

A GANGORRA

A GANGORRA




Alguns objetos me intrigam. A gangorra me intriga.

A gangorra é um brinquedo interessante, cheio de emoções, mas, vez ou outra, pode ser cruel.

Por quê? Ela mexe com o equilíbrio e o desequilíbrio.

Vi um dia numa tarde dessas sem razão; uma gangorra.

Na gangorra duas pessoas brincavam:

Uma tinha um peso maior que a outra, e por essa razão, a gangorra pendia mais para um lado, para a que tinha mais peso e depois para o outro.... A mais leve ficava suspensa no ar...

Mas, outra vez... O tempo havia passado. O tempo é engraçado. Passa “PUFT” muda as situações.

A gangorra se inverteu; A mais leve ficou mais pesada e a mais pesada ficou mais leve.

Foi curioso ver aquela inversão.

Os pés soltos no ar... O tempo havia passado pouco... Mas, mudanças aconteceram, e foram muitas...

Eu vi que gangorra estava meio a meio, fiquei fascinada.

Era um equilibro curioso.

Fui lá conferir.

As pessoas que brincavam na gangorra falaram para que eu subisse. Subi.

Ela, a gangorra, meio que rodopiou. Tive receio.

Eram três pessoas na gangorra.

Eu estava no centro da gangorra, mas ela descia para um lado e para o outro.

Resolvi ir só para um lado. Depois ir só para o outro.

Depois quis ficar no centro para equilibrar as partes.

Fiquei pensando... “como equilibraria a gangorra se éramos três na gangorra?”

Gangorra é um objeto que se deve respeitar, é um brinquedo sério.

Tem que ter equilíbrio e divisão de pesos, partes e quantidades.

Vi que passavam algumas pessoas no local da brincadeira da gangorra. Elas olhavam.

Ouvi alguns comentários:

“Essa gangorra vai desabar”. “Quem já se viu equilibrar uma gangorra com três pessoas em cima?” “Não estão vendo que três em cima, ela não agüenta...”

Ouvi, duvidei, lamentei e respirei...

Mas eu amo a gangorra.

O que faço...?

Olhei para as outras pessoas que estavam na gangorra e entendi que elas também só estavam querendo se equilibrar...

Olhamo-nos e resolvemos através dos olhares, equilibrarmos a gangorra.

Balançamos, trepidamos, caímos, levantamos, esbravejamos, empolgamo-nos, e buscamos a melhor maneira de equilibrarmos a gangorra.

Ôpaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, não deixa a bunda bater no chão.!!!

Nem cair de cara...

Seguraaaaa

Equilibra

Vai vai vaiiii

Isso....

A gente consegue..

Isso... Equilibrou

Foi lindo...

É LINDO...

Vi uma moça passando e ela sorriu e falou:

Que divino uma tríade...

Quando ouvi essa moça falando isso, sorri e foi aí que a gangorra se equilibrou.