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terça-feira, 24 de novembro de 2009


LEOPEIXE

Eu comecei a embrulhar dentro de mim....Necessitando digerir essa história.... Poderia ser um conto, mas não foi. Foi uma amável mocinha que me contou. Era uma menininha de olhar bem dilatado.
Ela me disse, um dia, que existia um peixe e um leão que se matrimoniaram e foram morar em viladoce. Ela disse que esse lugar fica a uma pequena distância daqui...
O Daqui, ela disse que é de onde a gente estiver que eu não me apegasse com o “Daqui”.
A história da menina começou quando ela chegou para mim e disse:
“Você sabe como se chama o nome do filho do casamento do leão com o peixe?”
Eu na minha descrença adulta respondi:
“Não existe casamento entre o leão e o peixe. Um mora na terra outro mora na água... um é pequeno o outro é grande.... um é peixe o outro é leão”.
Não foi má vontade, eu apenas fiquei preocupada com a grande “irrealidade” da mocinha.
A menininha retrucou. Ela estava com um semblante engraçado.Perplexa com a minha resposta. Escabriei-me. Não queria a desiludir. Pancadas de realidade, para tão pouca idade. Eu deveria ter dito que acreditava no lindo casamento entre...
Mas, a minha realidade....
Com afirmação respondeu calmamente e com espanto por eu duvidar:
Existe sim e o nome dele é Leopeixe.
Eu dei risada, alisei a cabeça da garotinha e fiquei com um leve incômodo dentro de mim.
Leopeixa?
Que gracinha você.
O troço pequeno deu foi risada de mim. Encabulei-me.
Será que sou uma psicótica e seca que não acredita em divagações?
Eu vou precisar de alguns dias para digerir esse nascimento, quer dizer, suposto nascimento.
Existe sim.
A “coisica” pequena linda, mais que peste na minha cabeça.
Ela tinha duas “botocas” de olhos azuis redondos a me olhar.
Contraditório, não?
Olhei para ela e perguntei: E como é que eu faço para eu acreditar na sua história se eu não estou vendo mocinha?
Sinta, apenas isso, você deixou de sentir.
Uma lágrima escorreu do meu olho. Depois outras, uma enxurrada. Afoguei em mim.
Foi aí que de repente, não mais que de repente,
Para “aê” o conto, para “aê” o conto. Ta virando bobagem... Eu estou entrando na história dessa fedelha...Para “aê”....
....
LEOPEIXA chegou e me tirou do sufoco.... Sem ar, e eu respirei.
Agora eu acredito, ela EXISTE. Para aêeeeeeeeeeee......
Voltando....Mocinha, Leopeixa precisa melhorar a sua dubiedade. Duas coisa numa só?
Pois não concordo, eu a amo assim, disse a mocinha ousada.
Você é atrevida mesmo!
Ela sorriu, chegou mais perto de mim, alisou meu rosto e me abraçou com ternura.
Pera para aê o conto...Vai fuuuud minha cabeça....
Para aê o conto....
Eu sem que Leopeixa entrou em mim...e Não mais...
Para ^......
Nessa “dialogação” toda de peixes e leões, eu me perdi do que era lógico e sem lógica. Eu não podia mais duvidar do que meus olhos ESPANTADOS me faziam ver LEOPEIXA....Não paro mas essa história.
Obrigada cãozinho. Mocinha.
Me deixe víu?!Será que estou ficando velha???????????

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