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domingo, 15 de agosto de 2010

Estou ainda construindo essa história. Não tem ainda a história....Nem o final.
Deixa eu ver o que vai acontecer na minha cabecinha,rs, essa semana!
Cadê o Espetáculo?



(inicio do espetáculo. Os atores entram com roupas antigas. Sérios. Uma “idéia” de um espetáculo realista).



Dois Atores entram em cena. Sentam numa mesa e começam a ler um texto.

Como se fosse uma leitura dramática.



Narrador 1: Ano de 1724. Castelo. Cavalarias. Teatro em Portugal



Narrador 2: Contextualização do conto:

Inverno, fim de tarde. O teatro estava cheio. Carroçarias. Muitos cavalos. Via-se “cocô” de cavalos por todo o chão. Era graça, o teatro estava lotado. “Merda!”



Narrador 1 (para o narrador 2): Merda? Coisa feia criatura de Deus, vá à merda você!



Narrador 2 (Para o narrador 1); Ô meu bom pai, ô meu Jesus Cristinho, dai-me paciência, eu estou narrando uma história.

Ouvia-se por trás da coxia:

“Merda!”



Narrador 1; Feio muito feio esse palavreado... Novamente?



Narrador 2; (falando baixo para o narrador 1)-;Não me atrapalhe.... Voltando ao texto. E entenda o que eu estou falando. Por sinal cadê o seu texto?



Narrador 1: Psiuuuu!Cala a boca besta, cuidado, não pode nos expor. Não sobrou o dinheiro para duas cópias de xérox. Tudo muito caro.



Narrador 2; Ok... Ok...

Bem.... É.... Sim.... Merda era essa a palavra dita entre os atores antes de entrarem em cena. Essa era a sorte para iniciar um bom espetáculo. “Muita Merda”. Isso quer dizer; Teatro Cheio!



Narrador 1; Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh



Narrador 1 e 2; Então: “Merda!O espetáculo vai começar!!!”



Narrador 1: Pode ter uma música?



Narrador 2: Claro!Por favor, músicos apareçam e se coloquem ao lado direito do palco.

Por favor, rompam as cornetas!!!



(Entram 4 rapazes com roupas bem simples e latinhas na mão)



Narrador 1: Aí são os músicos?



Narrador 2: .Essa galera tava sentado na porta do teatro fumando...Aí perguntei se eles tinham alguma coisa para fazer...eles disseram que não, e eu falei o mesmo, e perguntei para eles se eles estavam com vontade de fazer alguma coisa...



Narrador 1: A ta... Teatro Social....

Por favor, toquem uma bela canção! Bravo!Bravo! Bravo!



(Os rapazes batem lata, um deles grita; “Toca Raul”)



Narrador2; O que é isso? Bravo, bravo...



Narrador 1:!Bravoooo! É a euforia da platéia!



Narrador2: A ta.... Então, bravooo!! O espetáculo vai começar!!



Narrador1: De novo? Qual música?



Narrador 2: Não tem musica. Manda esse povo parar de bater essa lata...



Narrador 1:( falando baixo só para o outro narrador) Calma... calma...Toquem aí qualquer coisa...



Narrador 2: Ai meu Deus, eu montei essa peça, eu chamei um monte de gente.... Calma tem um repertório vasto de músicas.



Narrador 1: Cadê o dramaturgo? Cadê o texto?



Narrador 2: Faça o seguinte, discretamente vá lá atrás da coxia e veja se tem algum texto. Alguma história.



( narrador 1 vai até a coxia. Volta com um papel na mão)



Narrador 1: Rapaz...tá aqui.



Narrador 2: Certo....Então, meu queridos, essa peça é uma obra prima, ninguém teve uma idéia tão original, tão moderna, tão contemporânea quanto a nossa. Vou começar a ler.

( falando baixo para o colega)



Narrador 2: Psiu...eita...Não tem nada escrito, não tem história.



Narrador 1:Como assim? Não tem história?



Narrador 2: Você não pegou o texto errado???



Narrador 1:Não, não tinha mais nada lá.



Narrador 2; Disfarce e sorria. Então, meu lindo público estão preparados para essa emoção?

Esse texto é do séc XVIII, quando....



Narrador 1; Criatura pare de falar, de repente você fala alguma bobagem da história do nosso mundo...

E o que a gente faz?



Narrador 1; Finge um desmaio!Não, não!Finge que viu um incêndio.... Não, não!Tamo ferrado!



Narrador 2: Feio para nossa cara...Ahhhhhhhhhhhhhh, já sei. A gente vai falar que a idéia do espetáculo eles que vão construir, o espetáculo é uma construção coletiva.



Narrador 1: Ai meu Deus, essa coisa de forçar o público de vir ao placo, e quem não quiser vir ao palco?



Narrador 2: Ta aqui, veio, vai ter que rebolar. Quem mandou sair de casa para vir aqui?

Não vou me queimar...Se for para me expor, vai todo mundo junto no caldeirão... eu não mandei ninguém vir.



(Os dois dão uma risada de mal e trancam as portas do teatro)



Narrador 1: Ninguém sai ok?



Narrador 2: Eita você falou meio parecendo um bandido, isso não é rebelião, é teatro ok?



Narrador 1: Empolguei-me. Ok

.

(Entra uma locução Com ruídos de problemas técnicos)



Locução voz de moça- Boa Noite! Sejam Bem vindos ao nosso teatro. Prezada público, temos duas portas de incêndio uma ao lado direito da platéia e outra ao fundo... As duas portas, por falta de verba pública estão quebradas, sorry, ah, temos dois extintores e por essa mesma razão não estão funcionando, ôoo, sorry....E BY HAPPY!!



Narrador 2; Não tem o que?



Locutora; Não tem verba... Sorry...



Narrador 1: Ta e se acontecer alguma coisa?



Locutora: Se acontecer, meus queridos... Vocês todos se danam... Porque eu, eu estou salva, sou apenas uma gravação.Ahhhhhhhhhhhhh, Se lenharam!



Narrador 2: E se....



Locutora: Meus queridos, não posso mais responder, pois, o meu cachê só foi pago, para eu falar por 1 lauda de folha...E já estou entrando na seg....



(A locução começa a ter ruídos e falhar)



Narrador 2: Vixe a locução está péssima e terminou na metade...



Narrador 1: cala boca, besta, essa é a locução do próprio teatro, usei. A atriz fez a locução até a metade porque foi o acordo. Não pagaram à segunda parte da verba...



Narrador 2: ok...



Narrador 2: Amores fiquem sentados porque a história já começou.



Narrador 1:Começou o que?



Narrador 2: Começou. Repare; Gente, eu estou bem emocionado.



Narrador1: Emocionado?



Narrador 2: Silêncio...Deixa eu enganar o povo. Eles tão vendo que é teatro.



Narrador 1:Mas enganar assim na cara? Ai não é legal.



Narrador 2; Mas, o povo gosta de brincar de enganação. Vê só os políticos.



Narrador 1; Psiuuuuuuuuuuu, pelo amor de Deus, cala a boca, se você falar demais, cortam a verba publ...A gente pode ir para alguma lista...



Narrador 2;Lista? Verba? Mas que verba...



Narrador 1: eu quero agradecer à presença dos músicos, do espaço que com tanta generosidade nos cedeu essa fenomenal apresentação, o texto da dramaturga, a luz, o som....



Narrador 2: Mas, antes de mais nada, nos queremos justificar um pouquinho....um pequeno porém, mas que não tem muita importância....

Bem...olha... não deu tempo de fazer a luz, o som, o texto...as música...mas isso é bobagem...bobagem...



Narrador 1: Bobagem como meu filho, você é doido? O povo vai matar a gente. Cadê aquele inicio todo de cavalarias, séculos que você começou a ler no inicio?



Narrador 2: Criatura, isso tava escrito num papel velho que encontrei lá atrás, ele estava lascado, eu acho que isso é de uma peça que tava aqui...aí eu peguei...me dei conta que depois de tudo armado, a gente não tinha texto, planos de luz, músicas....



Narrador 1: Mas agora que você se deu conta?



Narrador 2; É...esse é o meu tempo...Nunca é tarde para começar.



Narrador 1; Ai, eu detesto suas frases de suposto impacto.



Narrador 2: Cacete...calma...mas a gente pode se gabar pela nossa produção. Olha para isso, a gente conseguiu platéia cheia, teatro, luz, som...tudo é caro e a gente conseguiu na cara de pau, então é isso aí esse é o nosso show.



Narrador 1; Rapaz não é bem assim...

( Falando baixo para o outro narrador) vamos fazer qualquer coisa?



Narrador 2: Então, se estamos todos aqui, todos juntos, alguma coisa vai ter que acontecer. Você acha que eu vou perder a oportunidade de criar qualquer coisa? Ainda mais que estou sem nada para fazer.



Narrador1: Eu também....



Narrador 2: Tcharaaaaaaaaaaaaaaam! Minha platéia vamos começar.



Narrador 1: ( falando baixo para o outro) Faça o seguinte; vamos procurar uma confusão. Vamos dizer que alguém da platéia pegou o texto, e rasgou. E que o texto era tão complexo, era um formato de leitura musicada performatizada.



Narrdaor 2: Mas isso é desonesto. Acusar assim do nada?



( Música instrumental)



Narrador;



O nome da peça:

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