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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

RE-CONTAR

Foi, então, num ato de desespero que ela gritou: “Uma nova história pelo amor de Deus”.


Existia um vácuo no coração... Ela fez de uma história uma única história.

Logo quem???! Ela a grande contadora de historia?! Virou a moça que só tinha uma história.

Madalena estava com o coração tão em estado de mesmice que não sabia o que era novidade.

Madalena contava a mesma história;

“Era uma vez um rapaz magrinho que tinha três pedrinhas dentro de um saquinho... Ele andava com essas pedrinhas para todos os cantos... Sabia que existia o céu, as estrelas, o mar.... Mas ele, nem ousava olhar... estagnava nas pedrinhas, dentro do saquinho.Um dia, esse rapaz, de tanto segurar esse saquinho, com tanta força, o saquinho foi envelhecendo com as pedrinhas dentro, o saquinho foi ficando sem cor....

Ele nem estava percebendo o tempo passando.... Era um saquinho amarelo de algodão.... O saquinho rasgou, furou... Ficou todo sujo... Mas as pedrinhas permaneciam lá dentro, as três pedrinhas...

Um dia de sol, um sol que ele não tinha visto, pela cegueira do saquinho, passou um ladrão e roubou o saquinho....

O rapaz perdeu o chão, o sentindo. Não sabia ver o sol, ver as estrelas... Pois, estava só vendo cores no saquinho... O rapaz ficou desesperado.... Sua vida ficou sem função...

“A vida é uma caixa mágica de surpresa, as vezes, a primeira impressão de um acontecimento, um roubo no caso, é um furto, uma violência....Mas, se olhar por outro ângulo...aquele objeto não te serve mais, passa a bola para outro e é que alguma coisa no mundo ta dizendo que tem que renovar....o mundo as vezes usa da “violência” para nos alertar...”

Sem saber, o pobre rapaz, que depois desse roubo, a sua vida estava recomeçando sem a prisão do saquinho.... Ele só não sabia, ainda, onde estavam o céu, as estrelas e o mar., mas, ele descobriria...”

Madalena contava essa história para todos... Era talvez a empatia da estagnação da história do rapaz do saquinho das três pedrinhas, e ela, a moça que contava a mesma história....

Madalena andava triste, cansada e vazia.... Não conseguia ver histórias, ouvir histórias, contar uma nova história.... Até pedia que roubassem dela a história, como o rapaz do saquinho foi roubado...

“Mas, como se rouba uma história?” Madalena não sabia.

Em seus pensamentos Madalena viajava; “Um dia, um ladrão de histórias vai levar a minha história, e eu vou buscar outra...”.

Depois disso de querer que roubassem sua história ela saiu a contar tantas vezes uma mesma história, se expôs, sem medo do perigo... Talvez encontrasse um bandido de roubo de histórias e tudo mudasse....

Madalena esperava o roubo....

Um dia Madalena no meio do caminho, numa rua toda de pedrinhas....Madalena viu uma moça; uma cigana; A cigana pediu a mão de Madalena para ler....”Você tem que passar essa folha, virar a pagina” Madalena chorou.

A cigana falou: Na vida a gente tem três escolhas:

1- deixar a história como está

2- mudar a história

3- sair da história



Madalena chorou mais uma vez.... A cigana era linda tinha um nome que lhe afagava a alma: Larissa.



Madalena foi embora, o coração a mão, as palavras da cigana....

Até que um dia....

Numa noite perigosa, perigo da paixão...

Madalena viu um rapaz....Um rapaz diferente....Madalena tentou se esconder do rapaz....Mas ladrão de roubo de histórias ou roubo de coração, é profissional no acaso das circunstâncias....roubou a sua história....

Mas esse roubo foi diferente... Foi um roubo que Madalena nem percebeu direito... Quando ela viu, já tinha sido levada... Ela já estava contando uma nova história...

E o rapaz, disse a ela que guardou a sua história no baú de uma das melhores histórias que ele já ouviu contar....”Ladrão inteligente” Mas, o ladrão da história disse que amaria, contar outra, tão nova história para ela....Para eles contarem juntos uma nova história...E virou Madalena e Carlinhos, os maiores contadores de histórias...um lindo ladrão de histórias. ERA ESSA A HISTÓRIA.

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