A TRÊS OU CHEIROS DE PERFUMES!
Eu estava sentada numa sala de espera, médico. Tocava uma música que tinha um trecho assim: “Quero ver se você tem atitude se vai encarar...”.
Eu estava aguardando a minha vez, uma consulta para acupuntura.
Eu estava sentindo umas dores fortes na cabeça, ainda não havia detectado o que era.
Fiz todos os exames e nada.
A sala estava com muita gente. Cheia de gente sem graça. Fiquei folheando umas revistinhas de fofocas, e aguardando a hora que o médico iria me chamar.
Eu estava meio que pensativa sobre o emprego chato que andava me consumindo, queria largar. Eu era Representante de uma linha de perfumes. Perfumes naturais.
O tempo parecia que não passava, saco. Tinha um cara do meu lado insuportável no telefone, e só falava idiotices. Tinha uma mãe que ficava controlando tudo o que o menino fazia, a criança deveria ter mais ou menos seus seis anos, o menino mal falava direito... Tinha uma senhora falando que na cidade onde ela morava só existia gente feia, ela tentava puxar assunto comigo, eu achando um saco. Mais outras quatro pessoas, nada demais para os meus olhos. Eu estava louca para ser atendida logo.
Mas... Três pontinhos.
Tem situações que te atraem e você não sabe por quê; Ou talvez saiba e não queira dizer.
De repente, naquela sala chata de espera, tudo muda... Entra um casal. É aí que começa a história.Tesão.
Era por volta de umas 14h30min quando o casal entrou. Minha consulta seria ás 14; 45.
Já estava perto.
A mulher chegou vestida linda, um vestido até o joelho branco. Tinha cabelos longos... O rapaz, um rostinho de menino, lindo, vestido de branco, roupa branca... Era sexta-feira. Olhei para aquele casal. Bonito de se ver. (Como, ops!Calma...)
Ela sentou e cruzou a perna, gostosa para caralh... Puxa... Ele sentou e cruzou a perna, gostoso para caralh.... Puxa... Ele colocou a mão na perna dela. (Menina!) Ela olhou e sorriu.( Coisaaaa!) Tinham um ar de cumplicidade, in-te-res-sante os dois.
Nem sei por que olhei o casal. (Sei sim, delícias, rs) Devia ser o cheiro do perfume deles que exalava. Fiquei bastante curiosa pelo cheiro, já que eu trabalho com essências de perfumes.
Aquele cheiro eu não conhecia, era novo. Era uma mistura de algo meio que folhas meio que ervas, meio que cachoeira...
A mulher ali sentada me fazia viajar observando sua boca, colocava os seus cabelos para o lado e ficava acariciando com as pontas dos seus dedos seu cabelo: talvez timidez, talvez uma serenidade com maturidade, talvez pensamentos que ficavam martelando na sua imaginação... Acho... Ela resolvia coisas internas, talvez, amansando com os dedos suas pontas do cabelo... Ele... Ele tinha um olhar curioso, olhar descarado e atrevido, observava o ambiente, aquele olhar que vai sentindo tudo de onde esta presente... Vai captando tudo como um radar... Olhar de espanto, uma inquietude que transbordava,... Formoso de se ver.
Observei-os. Resolvi levantar para pegar um chá, erva cidreira. Tossi, nervoso.
Voltei novamente, sentei, o chá estava bem quente. O rapaz olhou, perguntou. É chá de que? Respondi. Ela olhou. Ela agradeceu por ele. Sorri, achei engraçado.
Eles tomaram também o chá.
Perguntei a hora para atendente, ela me disse que iria demorar um pouquinho porque o doutor tinha tido um imprevisto... Nem sei, não liguei, eu estava olhando agora aquele casal.
O cheiro do perfume aumentava.
- Desculpe vocês vão ser atendidos que horas? Perguntei.
Ela respondeu pela consulta dos dois:
“Eu ás 15h00min, ele ás 15h15min”. Achei engraçado.
Falei para eles que era realmente chato e desagradável essa demora... Ele respondeu: "relaxe, não pode se estressar assim..." Aí relaxei.
Ela falou esse chá esta ótimo. Eu falei: adoro chás.
Ele sorriu. Ela cruzou novamente as pernas. (Coisaaa) Era um vestido que aparecia uma parte da sua perna, algo mais ousado.
Ele falou:
Você já fez acupuntura?
Respondi que sim. E que era um tratamento muito bom que parecia tocar no cerne da coisa. Ele sorriu. Deve ter achado engraçado minha forma de falar: cerne da coisa.
Fique meio sem jeito. Ela sorriu, respondeu que tinham outras formas de tratamentos alternativos para muitas coisas hoje em dia.
Olhei no olho dela e concordei. Ela piscou o seu olhar, um piscar sem jeito, prendeu também um pouco a boca. (beijo, sim) Ele sacudiu a perna, e se ajeitou algumas vezes onde estava sentado (beijo, sim).
Ele continuou a conversa.
É verdade tem outros tratamentos alternativos.
Vocês são daqui? Perguntei.
Ele respondeu que estavam a passeio.
Falei;
Conhecem a cidade?
Ela respondeu: pouco.
Uhuuuuuuuuuuuuu!Entendi o que eu queria, minha cabeça deu um estalo. (Beijar, comer, fod....)
Se quiserem posso mostrar a cidade para vocês, se não tiverem quem os mostre. Ele falou: Adoraria. Ela falou: Sim... É... Não precisa se incomodar.
Falei: Tranqüilo, gosto de mostrar a minha cidade.
Conversamos muito.
Descobri que ela fazia filosofia (que filosofia!) e ele era ator (que atuação).
Descobri que eles tinham um filho, lindo, e estavam querendo agora uma filha, belo de se ver.
O médico me chamou, fui atendida, muitas agulhas.... Ufa! Sair relaxada.
Então, já vou indo... Querem o meu telefone?
Ela falou:
É...Puxa...
Ele falou:
Quero.
Entreguei o número e fui para casa.
Deu mais ou menos uma hora e meia, eu estava em casa, eles ligaram me chamando para saber se eu topava fazer um passeio pela cidade... Topei. (Medo).
Eu só tinha que terminar de fazer um orçamento dos perfumes que eu tinha vendido... Lembrei do cheiro do perfume deles... Passou um vento dentro de mim, molhei.
Marquei com eles em um local, um ponto turístico... Ainda não os conhecia direito, e não sei sair de repente com estranhos, mesmo que a minha intuição não falhe ao sentir o caráter das pessoas... Mas sou precavida.
Fomos a vários lugares. Contei histórias da cidade. Rimos, comemos e bebemos. Fui para casa, eles também.
Perguntei sobre o filhinho deles, eles disseram: estamos em lua de mel. Ele esta com a minha mãe. Respondeu ele. Ela sorriu e beijou-o.
Cheguei em casa. Eu estava puta da vida com o meu atual namorado. Não agüentava mais ele. Namorinho de três meses. Cheguei em casa, tinha uns trezentos emails dele, querendo saber meus passos...Detesto essa coisa que sufoca. Já estava a fim de terminar com ele, foi por telefone mesmo. Chato, deselegante, mas, eu estava sem suportar mais os questionamentos dele. Fui dormir, pensando no passeio, no casal... O dia tinha sido gostoso... Deitei na cama, pensei no cheiro do perfume deles... Tentei dormir, pensei no olhar dele curioso... Tentei dormir... Pensei nela pegando na ponta do cabelo... Tentei dormir... O cheiro do perfume.
Levantei fiz um chá erva cidreira. Esse cheiro os lembrava também...Caralho.
Liguei a televisão, passava um filme Ameli Poulain, me identifiquei devaneei. Dormir...
O dia seguinte. Era sábado... Cedo meu telefone tocou.
Oi
Oi
Era ele.
Que dia ontem, não?!
Você quer ir para um passeio de escuna?
Fiquei sem jeito.
Topei.
Ele falou; passamos aí daqui à uma hora, ok?
Ok.
Ele falou; espera que... Ela vai falar umas palavrinhas com você.
"É...Bem..." Isso é ela. "Você disse que trabalhava com perfumes... Queria que levassem alguns para eu sentir o cheiro... Adoro perfumes naturais... São naturais? Fiquei pensando a noite no seu perfume que você vende..."
“Ô mulher, que frase dúbia” esse foi o meu pensamento. Quase digo a ela: e o perfume de vocês não me deixou dormir.
Tchau!
Ela falou; "cheiro... Até".
Aí meu Deus...
Ok levo para vocês.
Eles chegaram, desci. Ela estava linda. Ele estava uma coisa. Entrei no carro deles. Tocava umas músicas deliciosas, eram misturas de jazz, samba e mpb...sei lá minha cabeça tava viajando...
Tocou umas músicas gostosas tinha um trecho assim;
Uma que falava assim;
“Menino Deus do corpo azul...” era a cor do som...
Outra assim: “Coloca aquele vestido, tipo comprido, vê se não brinca com a minha libido...” era Ney Mato Grosso...
Músicas interessantes ouvidas por eles. (Só me faltava essa um casal.. Aí Deus...)
Chegamos ao porto. Saltamos. Entramos na escuna, fretada por eles. Gelei.
O perfume entrava pelo meu corpo. ( Que perfume é esse?)
A escuna seguiu viagem, junto com a viagem libertina da minha cabeça.
Ele tirou um violão, sabia tocar. (Vá ser gostoso assim na...) Ficamos cantando músicas e bebendo... Ele fumava um pouco... Umas coisinhas... Ela se chateava. Tão bonitinho ela chateada, rs.( ô mamãeeee) Eu entendia, mas, achava engraçado.
Conversamos sobre quase tudo.
Ela bebia... Ele olhava.
Cantávamos...
Eram olhares curiosos. Eu sem jeito. Tímida, sem ação... Ela...
“É... bem...” isso é ela.
Ele: "e aí, vamos parar no meio do mar tomar um banho?"
Paramos, caímos no mar.
Eles dentro do mar começaram a se beijar. Eu sem jeito, mergulhava na água... O cheiro do perfume misturou-se com o da água... Entrava por baixo do meu biquíni. Eu estava molhada de sal do mar, de sal da água, molhada de sal... Respirava.
Eles se beijavam...
Ele falou:
Ah, você disse que iria trazer o perfume que você vende...
Sim, eu trouxe.
Tentei dar um passo, ser menos medrosa...
Qual o perfume que vocês usam?
Ela sorriu. ( Foi dúbio, foi meio saliente...)
Ele falou: Sinta o cheiro aqui nela, veja se você descobre.
Eu estava coberta de água de mar, de água, inundada...
Fui lá... Peguei o braço, a mão de longe e falei:
Bem gostoso...
Ele sorriu.
Ela falou:
Veja o dele, (ela é calada, às vezes, séria!).
Peguei a mão dele, cheirei, falei:
Delícia...
Sorrimos.
Aí ele falou: "agora a gente vai sentir o cheiro do seu perfume, para ver se aprovamos, para comprarmos"
Eles vieram os dois cheiraram o meu pescoço.
Aí... O sol quente, o gosto de maresia, as pupilas dilatadas, o sal, o sol, a brasa, a coisa que queimava. Tudo começou... Num simples movimento... Acontecimentos casuais...
Um beijo diferente a três... Eu, ela, ele, ela, ele, eu, ela e ele... Línguas...
Estávamos no mar. o sol fervia... Eu inundava...
Nadamos até uma ilha que ficava bem perto...
Falamos para o marinheiro que voltaríamos em 1 hora... Nadamos, andamos...
Entramos na ilha...
Andamos para um lugar bem vazio...
Na caminhada um silêncio... Uns sorrisos tímidos... Que era quebrado um pouquinho por ele... Talvez, tentando deixar a situação bem tranqüila...
Chegamos a um lugar deserto... Beijamo-nos mais... Fervi... Queimei... Ousei... Minhas mãos estavam atrapalhadas, tudo novo.
Meio sem graça e com cuidado desamarrei a parte de cima do biquíni dela, que peito lindo... Ela retribuiu da mesma forma em mim sorrindo sem jeito... Ele começou a alisar o peito dela... Ela respirava fundo... Ele colocou a minha mão no peito dela... Alisei com cuidado... Ele acariciava as minhas costas... Eu o beijava no rosto, que rosto lindo... Estávamos com a parte de baixo ainda... Fui me aproximando e comecei a chupar o peito dela... Ele chupava um, eu chupava o outro... Depois a história inverteu, ele chupava um peito meu, ela outro... Eu estava arfante, ela também, meio que desconcertada... Meio sem saber como agir com uma mulher... (Não já disse que ensino a brincar de gatinho?! rs) Eu já havia experimentado... Mas, não era o posso da experiência com mulheres.
Começamos nos duas a lamber depois o peito dele, um tesão ele sem blusa, ele ficava todo arrepiado...As costas dele, dávamos umas dentadinhas de leve...
Ele foi abaixando o biquíni dela, lindo ela sem roupa, abaixando o meu biquíni... Tiramos à sunga dele, delícia sem roupa...Eu suava, coração na boca.... Estávamos completamente entregues... Colocamos ela no meio, de leve abrimos a perna dela....E começamos a acariciá-la, nos dois...A gente fazia carinhos nela e também nos beijavamo-nos...Coloquei o meu dedo dentro dela...Ela estava muito molhada...Ele colocou o dedo dentro de mim...Encostei a boca...Ela respirou fundo...Ele encostou a boca em mim, respirei fundo...
Deitamos na areia... Fiquei em cima dela, ele veio, e agachou-se bem perto de nos duas, ele pegava o pau e conseguia ir colocando em mim e nela... Isso quase fez com que ele gozasse logo... Mas pedimos para ele segurar um pouco... Seria bom se conseguíssemos gozar juntos....Fui me abaixando...E sem saber como...Fui colocando a língua por dentro dela mais e mais...Era curioso e bom...Bebi....
Ele Colocava o pau em mim, quando eu ia chupando ela...
Depois invertemos as posições... Ela sem jeito...
Ia espasmar, segurei... Parei para continuarmos... Eu estava segurando o gozo...Colocamos ele em pé, nos agachamos e chupamos ele...chupávamos e nos beijavamos...Ele falava coisas.....A gente ensaiava palavras...Ela me ensinou como era a melhor forma que ele gostava que chupasse...
Ele a deitou, chupou-a com desejo e amor, me excitei ainda mais. Eu fazia carinho no corpo dos dois... Ele começou a me chupar. Ela conduzia... Falava o que queria que ele fizesse, ele fazia em mim... Virou uma brincadeira, gostei do jogo.
Aí voltamos para a posição, ela agora em cima de mim... Ele agachado embaixo... Começamos a friccionar mais forte... Existiam gemidos, palavras soltas... Ele enfiava lá embaixo... A gente lambeu um pouco também, uma a outra... E aí começou a enfiar... O pau nela, mais rápido... E aí começou a gozar... O gozo dele provocou o dela, me segurei... Foi delicioso... Assim que eles estavam gozando, dei uma lambida nela, embaixo e chupei-o rapidamente, fui à lua... E gozei... Gozamos...
Deitamos na areia, ficamos abraçados por um tempo... Depois já tinha dado 1 hora, tínhamos que voltar para a escuna... Voltamos... (ôoooooooo) Ficamos conversando com calma... Chegamos, entramos na escuna com caras de coerências, para que o marinheiro não percebesse nada... Demos risadas... Navegamos de volta, chegamos à cidade...
No outro dia, eles tinham que retornar... Ir embora... Lamentei, mas compreendi.
Dormi a noite no hotel deles, beijos, sexo e carinhos... Noite gostosa. Nossos perfumes se misturavam... Ervas, cachoeiras, matos, alecrins... Dormimos a três.
No outro dia, levei-os no aeroporto... Eles partiram.
O tempo passou, eles eram casos ou acasos fieis e discretos... Entre encontros e despedidas... Era um movimento... Era um triângulo... Era respeitoso... O tempo passou... Muitas histórias...
O tempo passou...
Nove meses...
O tempo passou... Comecei a mudar o meu corpo... O tempo passou... Conheci um rapaz... O tempo passou... Viajamos para um lugar que era mato.
O tempo passou... Uma semente foi plantada. Eles plantaram uma perola nesse caso, acaso...
O tempo passou....
.....
Até hoje nos temos uma cumplicidade de respeito saboroso... Passou um tempo, engravidei, nasceu... a nossa filha. Guardamos esse segredo. Nasceu uma perola.
Vivemos livres... Logo em seguida eu conheci um estrangeiro e casei...
Hoje guardo as minhas histórias com amor e cuidado. Eles foram os padrinhos do meu casamento, virou uma linda amizade. E o filhinho deles, que eu já tinha muito afeto entrou com as alianças. A nossa filha... Estava crescendo de forma livre, morávamos perto-longe, mas estávamos sempre ligados pela perola da possibilidade dos encontros.
Depois que a nossa filha nasceu ainda nos encontramos... O meu Marido... Entrou na história... Ele a achou deliciosa e ele o achou, bons amigos, rs. Ah, não sei mais explicar...